Israel convidou o presidente do operador francês de telecomunicações Orange, Stéphane Richard, para explicar o plano do grupo para rever a presença no país, através do operador israelita Partner, revelou neste domingo uma fonte do Governo. “O Governo de Israel convidou-o para vir a Israel”, revelou uma fonte do Governo à France Presse, sob a condição de anonimato.

O anúncio do operador francês de telecomunicações tocou num ponto fraco de Israel, que está cada vez mais preocupado com a ideia de um boicote e com o impacto na sua imagem no exterior.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu considerou a intenção da Orange como “miserável”, apelando ao Governo francês para que rejeite publicamente as declarações e as decisões infelizes de uma empresa do qual é em parte proprietário”.

Na quinta-feira, o operador francês de telecomunicações Orange anunciou a sua saída a prazo de Israel, confirmando intenções que suscitaram polémica no país e acusações de cedência a pressões pró-palestinianas.

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A empresa, controlada parcialmente pelo Estado francês, assegurou que a sua decisão de terminar “a prazo” a sua relação com o operador israelita Partner não tinha qualquer motivação política. Pelo contrário, adiantou, resulta da sua vontade de controlar totalmente a marca.

A Partner utiliza o nome e a imagem da Orange, fornece serviços em Israel, mas também nas colónias nos territórios palestinianos ocupados, na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, que são consideradas ilegais pela comunidade internacional.

A comunidade internacional considera ilegal a colonização dos territórios ocupados ou anexados por Israel. A colonização é considerada como um obstáculo relevante à obtenção da paz entre israelitas e palestinianos. A França tem alertado as suas empresas para as atividades nas colónias israelitas.