O sul-coreano Chung Mong-joon, vice-presidente da FIFA entre 1994 e 2011, admitiu esta terça-feira candidatar-se à presidência do organismo, cujas eleições foram marcadas para 26 de fevereiro de 2016.

“Estou a pensar candidatar-me. Temos de marcar o começo de uma nova era na FIFA”, disse à agência sul-coreana Yonhap o magnata do grupo Hyundai, de 64 anos.

Sem nunca se referir a Michel Platini, presidente da UEFA e também provável candidato nas eleições do próximo ano, Chung Mong-joon criticou “o eurocentrismo das elites” na FIFA, onde “paira a ideia que o seu presidente deve ser europeu”.

“Sei que há bastante ceticismo entre as pessoas que questionam a possibilidade de um asiático vir a assumir a presidência da FIFA”, considerou o empresário.

Chung Mong-joong também não poupou o presidente demissionário, Joseph Blatter, a quem acusou de querer “supervisionar a campanha até fevereiro”, quando o suíço “devia focar-se nas reformas do organismo”.

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Aquele que é um dos maiores acionistas da Hyundai, e um dos filhos do fundador do grupo, Chung Ju-yung, exerceu o cargo de presidente da Federação Sul-coreana de Futebol (KFA) durante 17 anos, foi deputado parlamentar e candidato ao município de Seul.

O empresário foi também um dos ‘mentores’ da candidatura da Coreia do Sul ao Mundial de 2002, cuja organização foi partilhada com o Japão.

Ao fim de seis anos como vice-presidente da FIFA, Chung Mong-joong deixou o cargo em 2011, depois de perder a ‘corrida’ para o príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein.

Nesse mesmo ano, o sul-coreano apoiou a candidatura de Mohamed Bin Hammam, do Qatar, à presidência da FIFA, numas eleições ganhas pela quarta vez consecutiva por Blatter.

Na segunda-feira, fonte próxima de Michel Platini avançou à AFP que o francês “está seriamente a pensar em candidatar-se”.

“Irá tomar uma decisão num período máximo de duas semanas para fechar a porta a qualquer adversário que possa surgir”, acrescentou a mesma fonte.

Caso avance com uma candidatura, o antigo internacional francês, agora com 60 anos, é considerado um dos principais favoritos a vencer as eleições, depois de ter garantido o apoio de quatro das seis confederações mundiais. Apenas a Confederação Africana de Futebol (CAF) e a confederação da Oceânia não apoiariam o atual líder da UEFA.