O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que o próximo Governo deve prosseguir o “ímpeto reformista”, mas discordou do FMI quanto a eventuais medidas adicionais para cumprir a meta do défice prevista pelo atual executivo.

“Presumo que o FMI não tenha nenhum prazer em dizer coisas desagradáveis”, disse Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no concelho de Vouzela, ao realçar que “nem sempre as opiniões” do Fundo Monetário Internacional “são coincidentes” com as do Governo.

No último relatório de acompanhamento da evolução da situação portuguesa, após a intervenção da ‘troika’ internacional (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), divulgado na quinta-feira, o FMI alertou que a meta do défice de 2,7%, prevista pelo Governo, dificilmente será conseguida sem medidas adicionais.

“Não vemos razão para sermos tão pessimistas como os números que são apontados pelo FMI”, disse o primeiro-ministro, para reiterar que, na ótica do Governo, “não serão necessárias medidas adicionais para que o défice este ano fique abaixo dos 3%”.

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