As autoridades de Caracas deram juramento a 220 “brigadas populares” que terão como propósito combater a “guerra económica” na cidade capital da Venezuela.

A cerimónia decorreu na terça-feira no Teatro Bolívar de Caracas e as brigadas terão como área de ação as 22 “paróquias” que compõem Caracas, intensificando a luta das autoridades no combate ao contrabando e venda ilegal de produtos básicos.

“Vocês têm uma grande responsabilidade, distribuir-se por toda a Grande Caracas, notificar alguma anomalia e denunciar os ‘bachaqueros’ (vendedores informais). Temos que defender o nosso povo, temos que defender o salário dos nossos trabalhadores”, disse Juan Carlos Dugarte, chefe de Governo do Distrito Capital.

Por outro lado explicou que as brigadas vão ter um plano para “detetar os ‘bachaqueros’ e combater no terreno os que “compram produtos com os dólares do povo e os revendem até 10 vezes mais do que o preço de venda ao público”.

Na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas dos cidadãos sobre a falta de abastecimento de produtos básicos e de higiene pessoal, uma situação que os empresários atribuem a atrasos no processamento, autorização de acesso e obtenção de dólares para as importações, na sequência do sistema de controlo cambial que vigora desde 2003 e que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país.

Para as autoridades venezuelanas as dificuldades de abastecimento são o resultado de uma “guerra económica” da qual fazem parte os vendedores informais e contrabandistas que compram os produtos para depois revender a preços muito mais elevados.

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