Havia um pessegueiro na ilha. E havia o recanto na falésia, o azul do horizonte e o poente improvisado. O Alentejo inspirou Rui Veloso. A fruta da época e a época das sobremesas frescas, que se partilham depois do peixe grelhado da canção, inspirou esta tarte. Não são precisos ingredientes sofisticados e até o forno se pode suprimir. Se não houver forma de tarte, usam-se copinhos de iogurte e serve-se em doses individuais. Esteja onde estiver, perto do mar ou em pleno interior, esta tarte vai saber-lhe a verão. Basta acompanhar com uma banda sonora a gosto.

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Tarte Fresca de Pêssego

1 pacote de bolacha maria
70 g de manteiga amolecida
350 g de pêssegos ou nectarinas maduros – pesados já descascados e descaroçados
120 g de açúcar
5 folhas de gelatina
1 pacote de natas para bater (mínimo 35% de gordura)
1/2 limão

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Para decorar:

3 pêssegos ou nectarinas partidos aos cubos
1/2 limão
Folhinhas de hortelã

Pré-aqueça o forno nos 180º.

Pique a bolacha grosseiramente e junte a manteiga, envolvendo bem. Forre o fundo de uma forma amovível – 18 ou 20 cm de diâmetro – com esta mistura, pressionando com os dedos de forma a criar uma base compacta.

Leve ao forno cerca de 10 minutos. Retire e deixe arrefecer.

Entretanto coloque as folhas de gelatina a amolecer num prato fundo com água.

Triture a fruta com um fio de sumo de limão e o açúcar até obter um puré (se a fruta for especialmente doce, diminua ao açúcar).

Escorra as folhas de gelatina e derreta-as no micro-ondas (bastam alguns segundos na potência máxima; mexa o líquido que se formou para ter a certeza de que está bem dissolvida. Se não tiver micro-ondas, leve as folhas ao lume num tachinho, mexendo sempre até estarem bem dissolvidas).

Junte ao preparado da fruta misturando bem.

Monte as natas com a batedeira elétrica. Quando começarem a ficar firmes, adicione algumas gotas de limão, que vão ajudar a ‘prender’ as natas, e junte estas ao preparado anterior envolvendo com cuidado.

Verta para a forma entretanto arrefecida.

Tape com película aderente e leve ao frigorífico, idealmente de um dia para o outro.

Sirva decorado com pêssegos frescos (ou nectarinas) – regados com um fio de limão, para não oxidarem – e folhinhas de hortelã.

Nota: se não quiser ou puder usar forno, triture as bolachas (pode omitir a manteiga) e distribua por copinhos de vidro, encha depois com o preparado de pêssego e leve ao frigorífico. No momento de servir, distribua a fruta e a hortelã pelos copinhos.

Teresa Rebelo é autora do blogue Lume Brando