As autoridades de Serra Leoa anunciaram que 680 pessoas da aldeia de Robureh estão em quarentena de 21 dias, após o ressurgimento de novos casos de ébola no país, que matou uma rapariga de 16 anos.

O grupo colocado em quarentena é considerado como sendo de alto risco, apesar de não apresentarem quaisquer sinais e sintomas da doença, disse o porta-voz do Ministério da Saúde de Serra Leoa, Seray Turay, citado pela Agência France Press (AFP).

Aquele responsável assegurou que a equipa de vigilância do centro de resposta ao Ébola está a trabalhar para perceber a raiz do problema.

O falecimento da jovem da cidade de Makeni, a maior cidade do norte do país, ocorreu duas semanas depois da morte de um comerciante de 67 anos vítima de febre tropical na região de Kambia, mas os dois focos não estão associados.

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O Centro Nacional de Resposta ao Ébola indicou que 1.524 pessoas estavam em quarentena nas duas cidades, e, em declarações à AFP, um porta-voz da instituição considerou que estes casos é uma chamada de atenção de que Ébola ainda está no país.

Contudo, destacou o “fantástico” contributo dos parceiros de cooperação nas ações desenvolvidas visando estancar o problema.

As autoridades serra-leonesas anunciaram a 24 de agosto ter registado o último caso de ébola, após um paciente que se encontrava internado no hospital de Makeni ter tido alta.

Nas últimas duas semanas, o governo não registou nenhum novo caso em Serra Leoa, à semelhança do que aconteceu na vizinha Libéria, que faz contagem regressiva para declarar o país livre da doença.

Dados oficiais dão conta de que o surto de Ébola causou mais de 11.000 mortes, num universo de 28.000 pessoas infetadas desde o primeiro caso que se registou em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri e Libéria, dois dos três países mais atingidos pelo surto.