São 60 startups de todos o mundo que entre 12 e 16 de outubro vão competir pela atenção – e dinheiro – de 20 investidores, cinco multinacional e 20 investidores, cinco multinacionais e cinco capitais de risco vindas do epicentro do empreendedorismo tecnológico, Silicon Valley, nos EUA. Cinco são portuguesas: Glexyz, Lapa, Movvo, Stuk.io e Wiseconnect. É a primeira vez que Portugal participa no TechMatch Global.

Aquele que é um dos maiores programas de avaliação de startups do mundo saiu pela primeira vez de Silicon Valley (de onde é originário) para fazer aterrar a sétima edição em Bratislava, na Eslováquia. A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) foi convidada para fazer parte da iniciativa e foi a organização liderada pelo tubarão João Rafael Koehler que fez a primeira triagem dos projetos portugueses. Os finalistas foram escolhidos por um painel de especialistas de Silicon Valley.

“Foi sem surpresas que confirmarmos, com este processo de seleção, que Portugal tem vindo a percorrer um valoroso caminho na área do empreendedorismo tecnológico. Temos, de facto, um significativo conjunto de empresas que nos podem orgulhar do que tem sido feito. Este nível qualitativo é fruto do ecossistema que constituímos e que beneficia da ação cada vez mais concertada de agentes como universidades, centros de transferência de conhecimento, incubadoras, entre outros ‘players’ de apoio à iniciativa empresarial, ao empreendedorismo e à inovação”, diz João Rafael Koehler.

Em Bratislava, as cinco equipas portuguesas vão poder concorrer a uma prémio de 300 mil dólares. Inicialmente, estavam previstas apenas quatro vagas para Portugal, mas “a qualidade” das 15 semifinalistas selecionadas pela ANJE convenceu o painel de especialistas de Silicon Valley.

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Todos os projetos visavam a incorporação de soluções tecnológicas em diferentes áreas. Entre os semifinalistas, encontravam-se startups como Tradiio, Tuizzi, Line Health (ex-PharmAssistant), Muzzley, CuckuuTripaya, Facestore, iClio, Quidbox e GetSocial.

“Encontramos negócios de vocação global, com visão de mercado e com tecnologias verdadeiramente disruptivas. Foi difícil reduzir a nossa escolha a um grupo de 15 startups e foi com orgulho que assistimos à criação de uma vaga extra por parte da organização do TechMatch Global. Não temos dúvidas de que muitas outras teriam potencial para estar neste programa, mas estamos plenamente confiantes nesta seleção: estas empresas vão ombrear com os demais empreendedores representados e, certamente, fazer sucesso entre os investidores”, acrescentaou João Rafael Koehler.

Em Bratislava, vão estar presentes gigantes da tecnologia e do investimento como Adobe, Cisco, Fujitsu, Honda, LG, Oracle, Salesforce, Sony, PayPal, AIG ou Dell. Durante cinco dias, participantes de vários pontos do Globo vão participar em sessões de pitch com investidores e em encontros entre empresas.

O que fazem as startups portuguesas? 

  • A Glexyz desenvoleu uma plataforma virtual integrada, que permite testar e otimizar produtos de forma rápida.
  • A Lapa, por exemplo, tem um dispositivo que permite localizar objetos, através de bluetooth, colando-se a eles como uma verdadeira lapa.
  • Movvo desenvolveu uma ferramenta de indoor tracking, que analisa a dimensão comportamental dos consumidores em espaços comerciais.
  • Stuk.io tem uma biblioteca de formação para engenheiros de software que converte informação pré-existente em cursos online.
  • A Wiseconnect dispõe de um interface de ferramentas amigas do ambiente para produtores agrícolas, focadas na redução de custos e no aumento da produtividade.