A membro da comissão executiva de “Os Verdes”, Manuela Cunha, recusou nesta quarta-feira as acusações da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) de as negociações levadas a cabo à esquerda para uma solução de Governo serem “um simulacro”.

A dirigente ecologista falava aos jornalistas após reunião na residência oficial do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para preparar o Conselho Europeu sobre a crise de refugiados, quinta e sexta-feira, em Bruxelas, e realçou o empenho do PEV no “diálogo com PS” para fazer um “levantamento das coisas mais prementes em que há convergência”.

“Pela parte do PEV, não estamos envolvidos em nenhum processo de simulacros. Estamos empenhados, porque os portugueses assim o decidiram nas urnas – abriram um novo quadro para uma nova governação e exigiram que este Governo acabasse aqui. Uma nova governação que abrisse portas a novas políticas que viessem resolver os problemas do país e dos portugueses”, afirmou.

Manuela Cunha lamentou ainda que a União Europeia esteja a “pôr pensos rápidos onde pode e como pode” sem ser “parte de uma solução verdadeira do problema” dos refugiados da região do Médio Oriente.

“Até que ponto os Estados Unidos, que têm uma responsabilidade conhecida na degradação da situação daqueles países e que leva à migração dos refugiados, têm colaborado para suportar o custo e contribuir para a resolução [do problema dos] refugiados?”, questionou ainda.

A dirigente do PEV chamou ainda a atenção para a importância da próxima conferência internacional sobre o clima, a COP21, em Paris, afirmando esperar mais por parte dos líderes europeus também nesta matéria.

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