Quase 2 milhões de habitantes da Crimeia ficaram sem energia elétrica no fim de semana, depois de várias linhas de energia terem sido cortadas na Ucrânia. O país decidiu declarar o estado de emergência, conta o The Guardian.

O Ministério de Energia russo enviou várias equipas para o local para tentar restaurar a eletricidade de várias cidades usando geradores, sendo que na noite de sábado a maioria da população ainda ficou às escuras. A internet móvel e por cabo também deixou de funcionar, embora ainda exista alguma cobertura de telefonia móvel.

O primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksyono, apelidou a destruição da eletricidade como um ato terrorista e acusa a Ucrânia. “Nós não vamos deixar que ninguém fale connosco através de uma linguagem de chantagem”, disse. Por sua vez a procuradora geral da Crimeia, Natalya Poklonskaya, afirmou que um processo criminal iria ser aberto para averiguar a origem destruição das torres de energia.

As linhas de alta tensão terão sido destruídas através de explosões, mas não se sabe ainda quem são os responsáveis. O ministério de energia russo ofereceu ajuda para reparar as linhas, que foi recusada pelas autoridades ucranianas que, embora já tenham uma equipa no local, alertaram que a falta de energia ainda pode continuar durante mais alguns dias.

Estes ataques podem complicar novamente as relações entre Moscovo e Kiev, depois dos conflitos que duraram vários meses. A Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014, mas o território continua dependente do país vizinho, a Ucrânia, para o abastecimento de água, alimentos e eletricidade, que já tinha sido cortada em dezembro para pressionar a Rússia.

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