O presidente francês, François Hollande, recebe esta segunda-feira no Eliseu o primeiro-ministro britânico, David Cameron, para discutirem a luta contra o terrorismo e a Síria, após os atentados de Paris, que causaram 130 mortos.

Na sequência dos atentados reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, Hollande defendeu a criação de uma coligação alargada para lutar contra os jihadistas na Síria e no Iraque.

O encontro com Cameron, previsto para as 08h30 locais (07h30 em Lisboa), dá início a uma intensa semana de contactos diplomáticos. O presidente francês desloca-se a Washington e a Moscovo, para encontros com Barack Obama e Vladimir Putin, e recebe a chanceler alemã, Angela Merkel, em Paris.

O Reino Unido forneceu já uma fragata para integrar o grupo aeronaval liderado pelo porta-aviões francês Charles de Gaulle, que chegou no fim de semana ao Mediterrâneo oriental. Por outro lado, Cameron pressiona no sentido de um maior envolvimento do seu país no combate contra os jihadistas na Síria, mas enfrenta resistências no parlamento.

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou na sexta-feira por unanimidade uma resolução, apresentada pela França, autorizando “todas as medidas necessárias” para combater o EI.

O texto apela aos Estados-membros da ONU para “redobrarem e coordenarem os esforços para prevenir e reprimir ataques terroristas” cometidos por aquele grupo extremista, que o Conselho de Segurança classificou de “ameaça mundial e sem precedente contra a paz e a segurança internacionais”. Os atentados de 13 de novembro na capital francesa mataram 130 pessoas e deixaram feridas cerca de 350 pessoas.

Os “ataques terroristas sem precedentes no país”, como foram classificados pelo presidente francês, ocorreram em vários locais de Paris, entre eles uma sala de espetáculos e o Estádio de França, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções da casa e da Alemanha.