Os conselheiros do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estão a ultimar uma proposta que torna mais difícil o acesso a armas por parte dos cidadãos norte-americanos. O pedido partiu de Obama, e a proposta não terá de ser aprovada pelo congresso norte-americano, noticia a agência Associated Press.

O objetivo do presidente dos EUA é aprofundar as avaliações de segurança feitas aos cidadãos do país que pretendam ter acesso a armas, dificultando a obtenção das mesmas. Ou seja, aprofundar os “background checks”, que avaliam o cadastro e o passado criminal dos indivíduos que queiram comprar uma arma de forma legal.

Assim, Barack Obama pediu à sua equipa de conselheiros que lhe apresentassem “rapidamente” uma proposta, e esta estará já a ser ultimada, segundo a publicação, que cita informações vindas de uma conselheira da Casa Branca, Valerie Jarrett.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou esta terça-feira que “há um número impressionante de armas nas ruas dos EUA”, e que estas estão a provocar a morte de “demasiadas vidas inocentes” no país. “Esse acesso facilitado às armas, e essa proliferação de armas (…) não levou a menos mortes”, sublinhou o porta-voz da presidência.

O presidente dos Estados Unidos tem insistido na ideia de que é preciso tornar mais difícil o acesso às armas por parte de eventuais atacantes. No passado dia 2 de dezembro, Obama referia, na sequência do atentado terrorista feito em São Bernardino (Califórnia), que era preciso “tornar a missão um pouco mais difícil” aos atiradores. Isto porque, segundo o presidente norte-americano, “neste momento [para os atiradores] é demasiado fácil [terem acesso a armas]”.

Só este ano, já cinco tiroteios foram feitos no país com recursos a armas legalmente adquiridas. O último aconteceu em São Bernardino (Califórnia), e está a ser investigado pelo FBI como um ato terrorista. Segundo o Los Angeles Times, as quatro armas utilizadas por Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik, no atentado feito no mesmo dia, foram compradas através de uma terceira pessoa, na loja de armas credenciada “Annie’s get your gun”, da cidade de Corona (Califórnia).

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