A Justiça brasileira autorizou esta quarta-feira que a Presidente Dilma Rousseff preste depoimento como testemunha de defesa de Eduardo Valadão Gonçalves, envolvido num esquema de subornos nomeado pelos investigadores da Operação Zelotes. A Presidente não é alvo da investigação e poderá depor por escrito, segundo a decisão do juiz Vallisney Souza Oliveira, do Décimo Tribunal Federal de Brasília.

Dilma Rousseff foi convocada para dar explicações sobre a sua participação na adoção de medidas de incentivos fiscais em favor das indústrias do setor automóvel. Valadão é um dos arguidos acusados de efetuar o pagamento de subornos a membros do Governo em troca de benefícios fiscais.

A Operação Zelotes, iniciada em março de 2015, investiga o pagamento de subornos a membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas do setor automóvel junto da Receita Federal.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal também investiga a suposta venda de medidas provisórias no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva e no Governo de Dilma Rousseff, que concederam incentivos fiscais às empresas do setor automóvel que operam no país.

Lula da Silva foi convocado para depor no mesmo caso, também como testemunha. Ele decidiu aparecer voluntariamente antes da data marcada e já deu explicações no dia 06 de janeiro. O ex-presidente brasileiro poderá depor novamente no próximo dia 25.

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