O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão criticou a ameaça austríaca de excluir a Grécia do Tratado de Schengen, que consagra a livre circulação de bens e pessoas na União Europeia, considerando que não ajuda a resolver a crise migratória.

“As pseudo soluções, como excluir determinados estados de Schengen, não levam a parte nenhuma”, disse Frank Walter Steinmeier em declarações a vários diários do grupo Funke. Medidas deste tipo, segundo o ministro, não reduziriam o fluxo de refugiados, mas dividiriam a Europa e fariam com que a carga recaísse apenas em poucos países que se veriam com graves problemas sociais, económicos e humanitários.

A ministra do Interior austríaca, Johanna Mikl-Leitner, disse em declarações que serão publicadas no dominical “Welt am Sonntag” que se Atenas não faz nada para assegurar as fronteiras externas é preciso “discutir sobre uma saída temporária da Grécia do Espaço Schengen”. Steinmeier demarcou-se destas declarações, dizendo: “Não conseguimos uma solução para a crise dos refugiados se nos dedicarmos a retirar a solidariedade mutuamente”.

Segundo o ministro alemão, os 28 estados membros da União Europeia devem trabalhar juntos para combater as razões da deslocação dos refugiados dos países de origem, garantir a segurança das fronteiras externas e alcançar uma repartição justa dentro da Europa para os pedidos de asilo. O Espaço Schengen é uma zona geográfica composta por 30 países, dentro dos quais a circulação de pessoas é livre e não precisa de passaporte.

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