O gasto médio de cada turista que em 2015 visitou o Porto e o Norte manteve-se nos 68 euros/noite, sendo os norte-americanos e brasileiros os que mais gastam e permanecem na região, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT).

De acordo com as conclusões do trabalho, desenvolvido pelo IPDT, em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal e o Aeroporto do Porto, os turistas norte-americanos tiveram no ano passado um consumo médio por pessoa/noite de 122 euros, seguindo-se os brasileiros e os italianos.

Pelo contrário, os turistas luxemburgueses, suíços, belgas e franceses apresentaram os consumos unitários mais baixos, apesar de serem dos mercados com maior duração da estadia, o que é atribuído ao “elevado peso” do segmento de visita a familiares/amigos nestes quatro mercados.

Globalmente, durante o ano 2015 o gasto médio por turista na visita ao Porto e Norte de Portugal (PNP) foi de 447 euros.

Segundo as conclusões do estudo, 37% dos turistas viajaram para a região para visitar familiares e amigos, 36% por motivo de férias e 25% em negócios, sendo que os que se deslocaram em férias fizeram-no em ‘short-breaks’ [curtas viagens] e destacaram o descanso, a gastronomia e os vinhos como os principais atributos do Porto e Norte.

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O trabalho revela ainda que 89% destes turistas declararam não ter ponderado outros destinos quando decidiram fazer férias no PNP e que os que admitiram escolher outros locais ponderaram Espanha, França e Itália, tendo optado por Portugal “devido aos preços e à curiosidade”.

França, Espanha e Suíça (com cerca de 65% de quota de mercado) foram, de acordo com o trabalho, os principais mercados emissores de turistas estrangeiros para o PNP através do aeroporto do Porto, destacando-se a Ryanair e a TAP como as companhias aéreas mais utilizadas (com uma quota de mercado de 63%) e as companhias ‘low cost’ [de baixo custo] como responsáveis por 55% do tráfego de turistas.

Com idades compreendidas entre os 26 e os 50 anos, 64% dos turistas que visitaram o PNP em 2015 eram casados ou viviam em união de facto e tinham um rendimento médio maioritariamente entre 2.000 e 3.000 euros, tendo-se manifestado satisfeitos com a viagem à região (6,12 pontos, numa escala de 1 a 7) e com intenção de recomendar o destino.

Os dados hoje divulgados evidenciam ainda o domínio da Internet e dos familiares/amigos como os meios mais utilizados para obter informação sobre a região, seguindo-se as agências de viagens e os guias e roteiros turísticos.

Em 2015, tal como nos anos anteriores, os locais com maior incidência de pernoita de turistas foram o Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Maia, Guimarães, Matosinhos, Póvoa do Varzim e Viana do Castelo.

Quanto à tipologia de alojamento no PNP, destacaram-se o hotel e a casa de familiares/amigos, assumindo também “alguma importância” as unidades de alojamento local (pensões/’hostels’/residenciais) e as segundas residências.

Os turistas em negócios foram os que passaram menos tempo na região, enquanto os turistas de visita a familiares/amigos foram os que mais permaneceram, sendo que em 2015 foi “notória uma tendência” de aumento da estada média dos segmentos em turismo e de diminuição dos turistas em negócios.

Os turistas estrangeiros do Porto e Norte deslocaram-se na região utilizando sobretudo o automóvel, seguido do táxi, do metro e dos autocarros de transporte público, tendo-se sobretudo dedicado a experimentar a gastronomia e os passeios de carro, a apreciar a natureza/paisagem, a viver a animação noturna e às compras.

No segmento em lazer/férias destacaram-se, ainda, as visitas a monumentos e ao Vale do Douro.

Do trabalho resulta ainda que a maioria dos turistas internacionais do PNP eram repetentes da visita, com cerca de 70% a afirmar já ter visitado a região, sobretudo para visita a familiares/amigos.