A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, criticou este domingo o Governo canadiano no que toca às políticas de imigração e cidadania em cenários de terrorismo.

No mês de fevereiro, o Canadá avançou com uma lei para travar a retirada de cidadania a pessoas com dupla nacionalidade condenadas por terrorismo e outros crimes graves, de modo a anular uma medida introduzida pela anterior administração. Um debate semelhante decorre em França, desde os ataques em Paris.

Numa conferência de imprensa no Quebeque, a líder da Frente Nacional afirmou que os canadianos tomaram a decisão errada.

“Há um grande perigo” em querer manter indivíduos radicalizados no território e apenas “falsos humanistas” pensam o contrário, disse.

Le Pen criticou também a decisão do Governo federal de receber dezenas de milhares de refugiados, muitos da Síria, alegando que estes podem representar um risco e enfatizando a importância da linguagem e identidade. “O Quebeque não é poupado”, disse, referindo-se ao fluxo de refugiados.

O Canadá planeia receber até 57 mil refugiados este ano, o dobro do valor de 2015.

Le Pen não referiu especificamente o nome do primeiro-ministro Justin Trudeau, que divulgou um comunicado para assinalar o Dia Internacional da Francofonia, aplaudindo “as longas tradições de democracia, liberdade e inclusão do Canadá”. “O bilinguismo oficial é fundamental para a nossa identidade canadiana, e ajudou-nos a ter uma sociedade em que pessoas de diversas culturas, origens e religiões se podem sentir em casa”, afirmou o primeiro-ministro.

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