Nidhi Chapekar, a mulher cuja fotografia correu mundo, depois dos atentados, encontrava-se a fazer escala no aeroporto de Bruxelas quando foi apanhada pelas duas explosões no aeroporto de Zaventem.

Segunda-feira à noite, Chapekar, uma hospedeira de 40 anos da Jet Airways, “deitou os seus dois filhos e despediu-se do marido, no seu apartamento em Mumbai”, na Índia, apurou o Telegraph. Embarcou depois no que deveria ser o seu último voo noturno para Bruxelas, uma vez que a companhia ia encerrar as rotas para a capital belga. Depois seguiria para Newark, nos EUA, estando de regresso à Índia cinco dias depois.

Mas nada correu como previsto, pois Chapekar acabou por ser testemunha e vítima das duas explosões que colocariam a Bélgica em nível de alerta terrorista máximo.

Apanhada pelas explosões, a hospedeira indiana ficou com o casaco da farda rasgado e a cara coberta de sangue e de pó. Foram estes, juntamente com a sua expressão assustada, os elementos que fizeram com que a fotografia tirada por Ketevan Kardava corresse mundo e se tornasse num símbolo dos atentados de Bruxelas.

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Embora seja uma fotografia que para muitos simbolizou a violência do atentado, para a família de Chapekar vê-la representou a esperança de que a hospedeira, afinal, estivesse bem. A cunhada de Chapekar, Madhuri, afirmou ao Telegraph: “Claro que não fiquei feliz por ver a fotografia e a minha cunhada em sofrimento, mas ao menos percebi que estava viva.”

Rupesh, o marido de Nidhi, e o seu irmão receberam vistos de emergência para viajarem para Paris para poderem ir até ao hospital em Bruxelas onde a hospedeira se encontrava a receber tratamento. Os dois filhos do casal ficaram em casa, à espera de mais notícias.

A cunhada de Nidhi optou por não mostrar os jornais às crianças, já que “elas estão assustadas”, acrescentando ainda que “ninguém conseguiu ainda falar com ela. E eu só lhe quero ouvir a voz.”

Foi criado um hashtag para mostrar apoio à hospedeira: #PrayForNidhi.