De acordo com o jornal, antes de ser presidida pelo ex-diretor-geral do FMI, a sociedade Leyne Strauss-Kahn & Partners ajudou clientes a abrir e a administrar empresas nas ilhas Seychelles, nas ilhas Virgens (Reino Unido), no Panamá e em Hong Kong, através de uma fillial denominada Assya Asset Management Luxembourg.

O esquema serviria para dissimular a identidade real dos beneficiários de fundos financeiros. Entre os clientes estão “particulares franceses ricos, produtores audiovisuais asiáticos e um importante grupo de planeamento parisiense”.

O Le Monde sublinha que esta atividade “offshore” foi registada antes de Dominique Strauss-Kahn ter assumido a presidência daquela sociedade luxemburguesa, em outubro de 2013, e que aquele “não estava envolvido na gestão diária dos fundos”.

Os “Panama Papers” são o resultado de uma investigação jornalística do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que reúne cerca de 11,5 milhões de documentos ligados à atividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património. Os documentos apresentam informações sobre mais de 214 mil empresas ‘offshore’ e paraísos fiscais, envolvendo atuais e antigos líderes políticos e figuras públicas.

Um dos nomes referenciados na investigação é do primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlaugsson, que na terça-feira já anunciou demissão do cargo.

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