Uma mega operação policial, cuja investigação começou em Itália, levou a PJ a fazer seis buscas em território em português. Segundo o comunicado daquela polícia, em causa estão os crimes de associação criminosa, fraude fiscal e insolvência dolosa e estão envolvidos países como a Albânia, a Eslovénia e a Espanha, além de Portugal e Itália.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), em cooperação com a Guardia di Finanza de Modena Itália, fez esta madrugada de terça-feira seis buscas (domiciliárias, não domiciliárias, a viaturas e a escritório de advogados), ao mesmo tempo que as autoridades dos outros países também faziam buscas. Foram bloqueadas diversas contas bancárias e “apreendida diversa documentação, material informático e uma viatura” que estarão envolvidos num esquema de fraude fiscal a nível internacional, lê-se no comunicado. O Ministério Público emitiu, entretanto, outro comunicado onde refere que foi apreendido o saldo bancário de 77 contas em Portugal.

“Participaram em Portugal na referida operação, que se desencadeou na madrugada de hoje, 24 elementos da PJ, um procurador e um juiz de instrução criminal e ainda dois elementos da Guardia di Finanza”, refere a PJ.

Fonte da PJ explicou ao Observador que a ligação de Portugal a esta operação “é muito periférica”. Ainda assim poderão a vir ser constituídos arguidos nas próximas horas. Os suspeitos em Portugal terão contribuído para o branqueamento de capitais, através da emissão de “faturas falsas”, disse a fonte.

Segundo informação da Guardia di Finanza, na ‘Operazione Barqueiro’ foram realizadas a nível europeu mais 43 buscas, todas em simultâneo. Foram detidos seis suspeitos em Itália e apreendidos bens e valores que totalizam 11 milhões de euros — incluindo um hotel.

A investigação decorria há cerca de um ano.

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