Os Estados Unidos qualificaram como “desanimadora” a promessa do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de recuperar “cada centímetro” do país, e instaram a Rússia e o Irão a pressionar o seu aliado para que respeite o cessar-fogo.

O presidente sírio fez a promessa na terça-feira no seu primeiro discurso diante do novo parlamento, em Damasco, onde manifestou uma posição intransigente relativamente às negociações com a oposição sob a égide da ONU.

“Não temos outra escolha que não a vitória”, afirmou, recebendo aplausos do parlamento eleito num contexto de uma guerra civil numa votação que Washington e outros críticos internacionais de Assad não reconheceram como legítima.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, afirmou que o discurso, com um tom beligerante, não foi surpreendente, classificando-o de “Assad vintage“, e acrescentou que Washington vai apelar à Rússia, que preside com os Estados Unidos ao Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG na sigla em inglês), para conter o seu aliado.

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“Ainda acreditamos que a Rússia e o Irão podem pelo menos apelar àqueles no regime que têm ainda influência sobre ele [al-Assad] para se abster de deixar que este processo político, esta cessação de hostilidades, se despedace completamente”, afirmou Mark Toner.

“De novo, não há nada de surpreendente no que ele disse hoje [terça-feira], mas foi desencorajante”, frisou.

O ISSG, grupo formado por 21 países, apoiou um processo de paz, liderado pela ONU, para pôr termo à guerra civil que dura há cinco anos por via de um acordo negociado.