O Facebook anunciou esta sexta-feira que vai propor uma encriptação total das comunicações realizadas no Messenger, aplicação de mensagens instantâneas criada pela rede social, contribuindo para o crescente reforço dos dispositivos de anti-vigilância.

Os 900 milhões de utilizadores desta rede social podem agora utilizar a nova funcionalidade do Messenger, que permitirá que os participantes comuniquem em conversas que podem ser lidas apenas pelo remetente e destinatário. Esta funcionalidade vai ser conhecida como “conversas secretas”.

“Fornecer mais maneiras para as pessoas partilharem [informações] em segurança é uma parte importante de manter o mundo mais aberto e conectado”, afirmou o vice-presidente do Facebook, David Marcus.

No princípio do ano esta empresa optou por utilizar este mecanismo na aplicação WhatsApp, tendo sido seguida pelos seus rivais, Google e Apple, que tomaram medidas semelhantes.

Esta nova funcionalidade será disponibilizada será opcional “devido ao facto de muitos utilizadores quererem que o Messenger funcione quando utilizam vários dispositivos ao mesmo tempo, como ‘tablets’, computadores ou telemóveis”, explicitou um comunicado da empresa.

As autoridades policiais têm criticado esta decisão afirmando que uma encriptação tão forte pode permitir que criminosos ajam de forma mais livre e que células terroristas planeiem os seus ataques.

As autoridades norte-americanas, no início deste ano, iniciaram uma batalha legal contra a empresa de telecomunicações Apple por ter negado o desbloqueio do telemóvel de um dos autores do tiroteio de San Bernardino, na Califórnia, que causou a morte de 14 pessoas.

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