Um levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo mostra que o número de cidades que têm potencial turístico no Brasil foi reduzido em 35%, passando de 3.345 para 2.175 municípios.

A informação consta no Mapa do Turismo do Brasileiro, criado como uma ferramenta de gestão do setor, que identifica cidades de interesse turístico e aquelas que, de alguma forma, são afetadas pelas atividades do setor.

No relatório de 2016, o Ministério do Turismo destacou 26 estados brasileiros. Destes, 24 tiveram o número de cidades com potencial turístico reduzidas entre as versões de 2013 e 2016 do levantamento. Apenas os Estados do Pará e de Santa Catarina registaram um aumento.

A queda, porém, é tida como um dado positivo pelo governo brasileiro.

O ministro do Turismo interino, Alberto Alves, frisou que a diminuição contribui para melhorar a capacidade do seu ministério de atuar de forma coordenada com os estados, regiões turísticas e municípios, para desenvolver e consolidar novos produtos e destinos turísticos.

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“Com um mapa mais enxuto e que retrata de forma mais fiel a oferta turística brasileira, poderemos focar nossos esforços e otimizar nossos resultados”, afirmou.

De acordo com o novo mapa, 29% das cidades turísticas (630) estão nas categorias A, B e C. Isto significa que esses municípios concentram 93% do fluxo de turistas doméstico e 100% do fluxo internacional.

Os demais 1.545 municípios, que representam 71% dos casos, figuram nas categorias D e E e são considerados destinos que não possuem fluxo turístico nacional e internacional expressivo, no entanto alguns possuem papel importante no fluxo turístico regional.

O mapa não traz informações financeiros sobre a riqueza gerada pela atividade do setor no país, mas dados divulgados pelo Banco Central no passado dia 26 de junho revelam que a desvalorização da moeda brasileira face ao dólar incentivou o aumento de gastos dos turistas estrangeiros.

De janeiro a maio de 2016, a receita cambial gerada com turismo de estrangeiros foi de 2,75 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros), correspondendo a uma percentagem de 10,24% superior ao mesmo período de 2015, quando a receita foi de 2,50 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros).