Os militares da GNR montaram cerco à pequena aldeia de Assento, perto de Carro Queimado, em Vila Real, depois de vários locais terem ouvido um tiro. Alguns moradores acreditam mesmo ter visto Pedro Dias, suspeito de ter matado duas pessoas em Aguiar da Beira e desaparecido há sete dias. O aparato policial foi entretanto desmobilizado e uma patrulha enviada para um caminho agrícola que vai dar à localidade de Constantim.

À Agência Lusa, o morador que deu o aviso (que preferiu não ser identificado), contou que avistou o meliante por volta das 11h30 numa casa de apoio à atividade agrícola, próxima da sua residência, a “saltar um monte de telhas”. Pedro Dias estaria vestido de vermelho. Uma outra testemunha disse ter visto o suspeito por volta das 8h30.

Ao Observador, a proprietária do café local confirmou ter ouvido um tiro por volta do meio-dia. A GNR de Vila Real não confirmou o tiro nem o cerco, apesar de nas imagens transmitidas pelos canais de televisão ser visível a movimentação dos militares.

O cerco acontece depois de a GNR ter realizado buscas durante a manhã desta terça-feira em Carro Queimado, uma terra vizinha, depois de uma moradora ter contactado as autoridades. As buscas foram realizadas em armazéns agrícolas e em casas abandonadas. O alerta foi dado depois de a mulher ter estranhado a agitação dos cães, que não paravam de ladrar. Além de cerca de dez elementos da GNR, estiveram também no local membros da Polícia Judiciária.

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Foi em Carro Queimado que Pedro Dias, o principal suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, abandonou no domingo o carro que usou para fugir de Arouca para Vila Real. A viatura foi deixada junto a um depósito de resina próximo de uma estrada municipal e descoberto pelas autoridades na segunda-feira e levado para as instalações da PJ em Vila Real.

Buscas prosseguem em Vila Real

As buscas por Pedro Dias prosseguem esta terça-feira em alguns pontos-chave na zona de Vila Real. As autoridades estão a proceder à fiscalização de viaturas e ao patrulhamento das estradas. No terreno estão elementos da componente territorial e de trânsito e ainda militares da unidade de intervenção e da investigação criminal.

“Continuamos a realizar ações no terreno no sentido de localizar o paradeiro do indivíduo. A viatura foi encontrada na segunda-feira e desde essa altura estamos a concentrar as ações naquele lugar [Carro Queimado], mas também em outras zonas”, esclareceu à Agência Lusa o Marco Cruz, Relações Públicas da GNR.