O conselheiro especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio, Adama Dieng, condenou esta terça-feira os crimes cometidos pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI) na cidade iraquiana de Mossul, pedindo uma recolha de provas para levar a tribunal.

Dieng, em comunicado citado pela EFE, chamou a atenção para os sequestros e execuções, assim como para o uso de civis como escudos humanos, ações levadas a cabo pelo EI. O conselheiro especial alertou para a probabilidade de que o EI aumente o recurso a essas táticas com o progredir das operações militares do exército iraquiano para expulsar o grupo extremista de Mossul, o seu reduto no Iraque. Dieng referiu-se ainda ao uso de armas químicas e ataques a membros das forças de segurança iraquianas e suas famílias.

O responsável da ONU condenou “nos termos mais contundentes o continuado e absoluto desprezo pelos direitos humanos e pela lei humanitária” do EI, sublinhando ainda a importância de que os responsáveis prestem contas. Dieng apelou ainda à recolha de todas as provas de atividade criminosa e à sua proteção, para que no futuro possam ser usadas judicialmente. Por último, alertou o Governo do Iraque para a necessidade de as operações de reconquista de Mossul decorrerem no total respeito das normas internacionais.

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