Os protestos anti-Trump nos Estados Unidos são coast to coast, de Nova Iorque a Los Angeles, e não param desde a última sexta-feira. A maioria dos protestos são pacíficos, mas já houve estradas e pontes bloqueadas, detenções e, na madrugada de sábado, um homem foi baleado em Portland, no Oregon. Quanto a contagens, não há números rigorosos, mas os órgãos de comunicação social norte-americanos falam em “milhares”.

Em Los Angeles, de acordo com a CNN, os manifestantes juntaram-se no MacArthur Park — local historicamente ligado aos protestos pelos direitos dos imigrantes — e, à vez, bateram com uma vara numa ‘piñata’ que representava Donald Trump. Em Nova Iorque, tal como em vários outros pontos do país, os manifestantes envergaram cartazes que diziam “Not My President” (“Não é o meu Presidente”, em português) e cânticos a acusar Trump de ser racista, sexista e homofóbico. Os manifestantes concentraram-se mesmo em frente à Trump Tower.

Donald Trump tem tentado desvalorizar estes protestos. Num primeiro momento, na quinta-feira, considerou mesmo as manifestações “injustas”. Disse ainda que são realizadas por “manifestantes profissionais”, que acusa de terem sido “incitados” pelos media.

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Na sexta-feira, Trump continuava a desvalorizar os protestos, falando em “pequenos grupos de manifestantes”, mas elogiou e disse “adorar o facto” dos manifestantes demonstrarem “paixão” pelo país.

Os protestos já tiveram lugar um pouco por todo o país, com destaque para cidades como Los Angeles (Califórnia), New Haven (Connecticut), Orlando (Flórida), Chicago (Illinois), Boston (Massachussets), Asheville (Carolina do Norte), Nashville (Tennessee), Columbus (Ohio), Denver (Colorado) e Omaha (Nebraska). A maior parte dos manifestantes criticam os planos (ou opiniões) de Trump para matérias como a imigração, o ambiente ou os direitos LGBTI. Em Atlanta, os manifestantes chegaram a queimar uma bandeira dos Estados Unidos.

Em Columbus, milhares de mexicanos e norte-americanos uniram-se durante o jogo que opôs o México e os Estados Unidos de forma a mostrar que recusam os ideais xenófobos que Trump demonstrou ter, ao longo da campanha, relativamente aos vizinhos do sul. O jogo entre o México e os EUA realizou-se na sexta-feira e contava para a qualificação para o Campeonato do Mundo de 2018. Os mexicanos ganharam o jogo por 2-1.