Uma reunião agendada para a próxima quinta-feira, 17 de novembro, pode ser decisiva para quebrar o impasse que se vive há semanas na Caixa Geral de Depósitos (CGD). O conselho de administração vai reunir-se, noticia o Diário de Notícias, e desse encontro deverá sair uma decisão — e todos os cenários estão em cima da mesa: demissão em bloco ou permanência de Domingues, mesmo que com baixas.

Os administradores da CGD vão discutir a questão da entrega das declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional e, segundo o jornal, apenas um cenário parece muito provável: se Domingues sair, toda a administração sairá.

Caso contrário, como o Jornal de Negócios noticiou na sexta-feira, Domingues poderá ficar mesmo que alguns administradores que já disseram que saem cumpram essa garantia. São, sobretudo, administradores do lado não-executivo, segundo o jornal.

O caso ‘Caixa’ ganhou nova dimensão quando o Presidente da República entrou em cena para fazer pressão junto de todos os intervenientes ao defender que, à luz da lei atual, os gestores do banco público não estão isentos de declarar rendimentos.

Na última segunda-feira foi a vez de o Governo, pela voz do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, ter posto mais achas na fogueira, dizendo que se “fosse intenção” do Governo isentar os administradores do banco de escrutínio público, então teriam “alterado a legislação de 1983″ que define o controlo de riqueza e património dos titulares de cargos públicos.

Pedro Nuno Santos passou a bola ao Ministério das Finanças, que quando estoirou a polémica defendeu a ideia da não obrigatoriedade, e deixou claro que, nesta fase, estava tudo à espera do próximo passo dos juízes do Palácio Ratton.

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