O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou esta sexta-feira em declarações à imprensa que a cidade síria de “Alepo é agora um sinónimo de inferno” e apelou a que seja retomada a retirada dos civis da cidade. Ban Ki-moon disse que a ONU está “a mobilizar todos os recursos” para garantir que as várias partes em conflito continuem o processo de evacuação das zonas de Aleppo controladas pelos rebeldes (leste da cidade). Este processo foi suspenso, quando já tinham saído da cidade alguns milhares de pessoas.

O responsável máximo das Nações Unidas explicou em conferência de imprensa que entre estas pessoas retiradas de Aleppo contavam-se 194 doentes, que foram levados para hospitais de várias zonas da Síria. Ban Ki-moon também apelou ao retomar urgente, e em “completa segurança”, da evacuação.

As Nações Unidas (…) apelam às partes que adotem todas as medidas necessárias a fim de que seja retomado, em completa segurança, o processo de evacuação”, disse.

A evacuação de Aleppo integra-se num acordo de cessar-fogo negociado entre a Rússia e a Turquia e que entrou em vigor na quinta-feira, depois de ter fracassado numa primeira tentativa na véspera. Já esta sexta-feira a evacuação foi suspensa pelas forças sírias, que acusaram a oposição de não ter respeitado os termos do acordo.

Segundo fonte militar síria, a interrupção foi decidida depois de homens armados abrirem fogo para tentarem fugir com reféns, ou seja, militares sírios ou combatentes de milícias pró-regime. Segundo o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, cerca de 50.000 pessoas continuam em Aleppo leste.

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