O FBI, a polícia federal norte-americana com a pasta do contra-terrorismo no interior dos Estados Unidos, está a investigar cerca de 300 pessoas que entraram no país com estatuto de refugiados, por suspeita de atividades terroristas.

Estamos a falar de cerca de 300 indivíduos a quem foi permitida a entrada nos Estados Unidos como refugiados e que estão neste momento a ser investigados pelo FBI devido a potenciais atividades relacionadas com terrorismo”, disse à agência Associated Press (AP) uma fonte oficial do Departamento da Segurança Nacional dos Estados Unidos.

O responsável, que solicitou o anonimato como condição para prestar declarações, forneceu este número para, em parte, justificar a ordem presidencial da nova administração de Donald Trump para bloquear a entrada de refugiados por 120 dias, como forma de escrutinar em profundidade todos os processos de asilo. Esta ordem presidencial foi, por sua vez, suspendida por várias instâncias judiciais.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou, esta segunda-feira, uma nova versão do seu decreto sobre imigração que foi bloqueado pela justiça americana, mas para apenas seis dos sete países da ordem original (Síria, Iémen, Somália, Sudão, Irão e Líbia, com a saída do Iraque da lista).

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A versão anterior do controverso decreto presidencial, assinada poucos dias depois da tomada de posse de Trump (a 20 de janeiro), previa a suspensão da chegada aos EUA de todos os refugiados por um período mínimo de 120 dias — para os refugiados sírios o prazo era indeterminado.

A fonte da Segurança Nacional ouvida pela AP não referiu se os refugiados sob investigação do FBI proveem ou não dos seis países que constam da nova ordem presidencial de Trump.

O facto que importa aqui é que foram admitidos e acolhidos nos Estados Unidos 300 indivíduos através do programa de refugiados que se infiltraram com intenções hostis ou que se radicalizaram depois de serem admitidos”, realçou.