Albert Johnson era Prodigy, um dos dois nomes que formaram os Mobb Deep no início dos anos 90, grupo que se revelou fundamental na história do hip hop saído de Nova Iorque. Em conjunto com Kejuan Muchita (que ficou conhecido como Havoc), Prodigy assinou um percurso influente, que foi interrompendo com edições a solo. O músico morreu esta terça-feira, aos 42 anos. Tinha sido internado há poucos dias para tratamento à anemia drepanocítica da qual sofria desde sempre, mas as causas da morte não foram confirmadas.

A notícia começou a circular depois de uma publicação do rapper Nas no Instagram, uma homenagem a Prodigy que depois levou à confirmação por parte de um representante do músico ao site XXL.

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Pouco depois surgiam as reações. Prodigy é sobretudo lembrado como um dos responsáveis de um percurso que começou em 1993 com o álbum Juvenile Hell, já depois de terem mudado o nome do duo, de Poetical Prophets para Mobb Deep. Dois anos depois surgiu The Infamous, ainda hoje uma referência do grupo e do hip hop feito em Nova Iorque durante os anos 90 — o mesmo disco que contou com colaborações de Nas, Ghostface Killah, Raekwon ou Q-Tip.

Ainda antes da viragem do século, os Mobb Deep lançaram Hell on Earth e Murda Muzik. Em 2000 veio o primeiro álbum a solo, H.N.I.C., o início de um percurso em nome próprio que, apesar de tudo, não ditou o final do grupo que Prodigy formou com Havoc. Os Mobb Deep não mais voltaram a desempenhar a mesma função de criatividade desafiante mas ainda em 2014 editaram The Infamous Mobb Deep. Tal como Prodigy nunca deixou de compor e gravar, mesmo enquanto cumpriu uma pena de três anos de prisão por posse ilegal de arma. Foi também durante este período que escreveu o livro de memórias My Infamous Life.

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