Assumindo a necessidade de ser mais competitiva face aos principais concorrentes generalistas, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) pode vir a operar mais uma “revolução” na sua história, com a venda de marcas como a Alfa Romeo ou a Maserati, assim como da sua divisão de peças e componentes. Passando a centrar as suas operações apenas nas marcas de maior volume.

A notícia, avançada pela Automotive News Europe, cita fontes familiarizadas com o processo, mas não identificadas. Acrescenta que, embora o grupo ítalo-americano esteja ainda a considerar várias opções, poderá vir a desfazer-se das suas marcas com maior história, mas também com menos peso nas vendas totais. Englobando neste processo também os seus fabricantes de componentes, como a Magneti Marelli.

De acordo com os analistas, a chamada divisão de carros de luxo da FCA deverá valer cerca de 7.000 milhões de euros, ao passo que a Magneti Marelli e outros fabricantes do género deverão render qualquer coisa como 5.000 milhões de euros.

Chinesa Great Wall quer comprar a Jeep

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Já o anunciado interesse da chinesa Great Wall na Jeep não deverá, à partida, ser bem recebido, uma vez que a FCA pensa fazer da marca norte-americana uma das âncoras do futuro portefólio de marcas generalistas – que, nos EUA, incluirá ainda a Dodge e a Ram.

Segundo as mesmas fontes, continuam as discussões quanto ao futuro do grupo, que também poderá passar pela autonomização das marcas de luxo e de componentes, a exemplo do que aconteceu com a Ferrari, em 2016. Uma decisão final sobre o tema não deverá chegar antes de 2018, tal como não existe, para já, qualquer prazo para a sua concretização.

O plano passará sempre, no entanto, por tentar aumentar o valor da companhia e, consequentemente, melhorar a rentabilidade do investimento feito pelos accionistas, incluindo a família Agnelli. Isto numa altura em que a FCA continua com resultados abaixo dos concorrentes, levando a Goldman Sachs a fixar em 50 mil milhões de euros o valor dos negócios do grupo. Ou seja, mais do dobro do valor da própria companhia, fixado em 24,5 mil milhões de euros.