Cerca de 1,5 milhões de famílias portuguesas podem sentir um desagravamento no IRS com o próximo Orçamento do Estado, que está a ser negociado neste momento entre o Governo socialista e os três partidos que suportam a maioria parlamentar. Segundo o jornal Público, que cita fonte governamental, além da divisão em dois do atual segundo escalão de IRS, Mário Centeno poderá, também, baixar a carga fiscal sobre o atual terceiro escalão.

O objetivo de Mário Centeno é rever as regras de modo a que apenas os escalões mais elevados não beneficiem deste alívio fiscal, relativo ao IRS. Nas contas que estão a ser feitas no Terreiro do Paço, se a margem orçamental for a esperada, só 100 mil famílias com rendimentos mais elevados é que não irão sentir qualquer alívio. Com a mexida no atual terceiro escalão, o Governo quer chegar a um eleitorado urbano, por influência do Bloco de Esquerda e do PCP.

Para evitar que quem está no 4º e 5º escalão (atuais) também beneficie da redução do IRS — um imposto progressivo — o Governo admite duas possibilidades: ou limita ainda mais as deduções que estes contribuintes podem fazer ou mexe, mesmo, nos limites quantitativos destes escalões mais elevados. Mas as taxas do imposto nestes escalões não irão ser alteradas, já que, disse a fonte governamental ao Público, isso poderia originar uma “perceção” entre estes contribuintes de que o imposto seria agravado.

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