Os militantes do Partido Social-Democrata alemão (SPD) aprovaram o acordo com a União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU), decisivo para a formação de um governo de coligação na Alemanha. Deverá terminar, assim, o longo impasse político que se arrasta há quase seis meses, e a Alemanha poderá ter finalmente um governo definido dentro de duas semanas.

Os 463.723 militantes sociais-democratas foram convocados para esta votação, vinculativa, que decorreu por correspondência entre 20 de fevereiro e 2 de março. O resultado final foi 66% a favor da coligação e 34% contra.

O escrutínio foi feito ao longo do dia de sábado por 120 voluntários e os resultados foram anunciados oficialmente esta manhã. “Esta não foi uma decisão fácil para o SPD”, disse o presidente interino do partido, Olaf Scholz. acrescentando que “o partido ficou mais unido, o que nos dá força para o processo de renovação em que vamos entrar”.

Com o acordo aprovado pelos militantes, a câmara baixa do parlamento, Bundestag, deve aprovar o novo governo a 14 de março, quase seis meses depois das eleições de 24 de setembro. Será a terceira grande coligação liderada por Angela Merkel, que está à frente do governo alemão há já 13 anos.

Para o SPD, esta não foi uma decisão fácil, tendo como pano de fundo sondagens muito desfavoráveis. O próprio Martin Schulz, que até recentemente liderava o partido, demitiu-se depois de ter hesitado sobre o tema decisivo que era avançar ou não para uma coligação com Merkel. Mas o facto de a CDU de Merkel ter admitido entregar a pasta das Finanças a um membro do SPD terá levado muitos militantes a achar que este era um bom acordo de governo.

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