Um helicóptero da guarda fronteiriça russa despenhou-se esta quarta-feira, causando a morte de seis dos sete ocupantes, nas montanhas da Chechénia, no norte do Cáucaso, o segundo acidente esta semana com aeronaves russas.

“Hoje despenhou-se nas montanhas da Chechénia um helicóptero da guarda das fronteiras. O acidente aconteceu num desfiladeiro estreito”, disse à agência de notícias russa o chefe da república chechena, Ramzán Kadírov. Os serviços de emergência que se deslocaram para o local adiantaram que um dos ocupantes do helicóptero, um Mi-8, estava vivo, mas em estado grave.

O porta-voz da equipa das operações de resgate adiantou que o acidente pode ter acontecido devido a um conjunto de circunstâncias que inclui condições meteorológicas adversas e a topografia do terreno, que podem ter provocado uma falha. “Poderemos falar das causas do acidente quando for concluída a investigação”, disse à Interfax.

Este é o segundo acidente esta semana com aeronaves russas, depois de o ministro da Defesa russo ter confirmado 39 mortos na queda de um avião militar que se despenhou na terça-feira de manhã, perto de uma base aérea russa na Síria. “Segundo dados mais precisos, a bordo do avião de transporte AN-26 (…) seguiam 33 passageiros e seis tripulantes. Eram todos militares das Forças Armadas da Rússia”, anunciou o ministro em comunicado.

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O ministro descartou a possibilidade de que o avião tenha sido abatido, ao assegurar que o engenho “não foi alvo de disparos”. Num outro comunicado lançado pouco depois da queda, as forças militares russas tinham adiantado que “de acordo com dados preliminares, o acidente poderia ter sido causado por uma falha técnica”.

O AN-26 despenhou-se por volta das 12h00 em Lisboa (15h00 em Moscovo) e a cerca de 500 metros da pista de aterragem e descolagem da base aérea. Citada pela agência russa Interfax, a porta-voz do Comité de Instrução russo, Svetlana Petrenko, anunciou “a abertura de uma investigação penal” com base na violação de regras de preparação do voo.

A oficial russa disse que a organização já formou um grupo de operações e que está pronto para “realizar todos os procedimentos necessários” A Rússia, um aliado do Presidente da Síria, Bashar Al-Assad, utiliza uma base militar no país, perto da costa do Mediterrâneo.