O Centro Hospitalar do Médio Ave, em Vila Nova de Famalicão, foi condenado a pagar uma indemnização de 295 mil euros por negligência em parto, noticiou o Correio da Manhã. O tribunal deu como provada a relação entre a forma como decorreu o parto e os problemas com que a menina nasceu.

O tribunal atribuiu 20 mil euros pelos danos resultantes das lesões sofridas pela mãe, 50 mil euros pelos danos sofridos pelos pais e os restantes 225 mil euros pelo sofrimento da menina, que viveu nove anos em estado vegetativo até morrer. O Supremo Tribunal Administrativo duplicou o valor da indemnização que tinha sido fixado em 148 mil euros em primeira instância.

O caso remonta a 1998. Como a gravidez já tinha atingido as 40 semanas, a médica decidiu provocar o parto. A menina acabou por nascer com recurso a fórceps, em asfixia perinatal grave e teve de ser reanimada. O Supremo Tribunal Administrativo considerou que foi errada a decisão de não se optar por cesariana, apesar de o CTG (cardiotocografia) — exame para avaliar os batimentos cardíacos e bem-estar fetal — ter apresentado anomalias.

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