O ministro dos Negócios Estrangeiros reafirmou esta segunda-feira, no Luxemburgo, que a operação militar levada a cabo por Estados Unidos, Reino Unido e França na Síria é compreensível, mas sublinhou a necessidade de fazer regressar o processo “para o plano político”.

“Julgo que nós todos estamos bem cientes de é preciso evitar a todo o custo qualquer escalada. Todos nós ouvimos bem as palavras do secretário-geral das Nações Unidas (António Guterres) e as diferentes partes têm também em atenção os sucessivos apelos da União Europeia no sentido de voltar este processo para o plano político, que é o único plano de soluções possíveis”, disse Augusto Santos Silva, após participar numa discussão sobre a Síria numa reunião de chefes de diplomacia da EU.

Lamentando a “manifesta impossibilidade prática” de ser levada a cabo no terreno uma investigação independente sobre o uso de armas químicas no conflito sírio, o ministro realçou que as indicações dadas pelos “aliados” é de que “os alvos da operação militar conduzida na noite de sexta para sábado passado, são instalações de desenvolvimento, de produção e de armazenamento de armamento químico”, o que justifica a intervenção, que foi contida.

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