O sistema digital de pagamentos e transferências criado pela SIBS e que já tem quase 700 mil utilizadores em Portugal — o MBWay — foi criticado nesta segunda-feira por um representante do Banco Central Europeu (BCE), em Lisboa, por ser uma plataforma desenvolvida internamente, para servir apenas clientes de bancos portugueses, quando “deveríamos focar todos os nossos esforços na criação de soluções pan-europeias“, afirmou foi criticado nesta segunda-feira por um representante do Banco Central Europeu (BCE), em Lisboa, por ser uma plataforma desenvolvida internamente, para servir apenas clientes de bancos portugueses, quando “deveríamos focar todos os nossos esforços na criação de soluções pan-europeias“, afirmou Marc Bayle de Jessé, diretor-geral de pagamentos e infraestruturas de mercados do BCE.
A crítica tocou num ponto sensível e provocou um celeuma inesperado numa conferência organizada pelo Banco de Portugal sobre “uma nova era dos pagamentos?“, a propósito da entrada em vigor da Diretiva dos Serviços de Pagamentos (DSP2). A SIBS reagiu à letra ao comentário feito pelo por Marc Bayle e o “puxão de orelhas” (expressão usada palavras de um dos membros de um painel da tarde) acabou por dominar o debate no painel da tarde.
O ponto criticado pelo representante do BCE em relação ao MBWay é que é um serviço que se baseia num cartão (de débito ou de crédito) associado a uma conta de um banco português (são os bancos que são acionistas da SIBS). Este tipo de plataforma contrasta com o novo modelo que está a ser preparado a nível europeu, chamado TIPS (TARGET instant payment settlement), em que também são possíveis transferências de dinheiro entre contas bancárias em poucos segundos, 24 horas por dia e 365 dias por ano, como explicou Marc Bayle na sua apresentação, sem associação a qualquer cartão bancário e sem fronteiras, dentro da Europa.
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