O programador que denunciou que a Cambridge Analytica utilizou indevidamente milhões de contas de Facebook para ajudar a eleger Donald Trump em finais de 2016, revelou que a empresa de consultoria tinha um serviço que tinha por objetivo desencorajar certas fações do eleitorado norte-americano a votar.

Christopher Wylie, que foi ouvido esta quarta-feira no Congresso dos Estados Unidos da América, disse que Steve Bannon, antigo conselheiro político de Trump, pediu à SCL, uma empresa controlada pela Cambridge Analytica, para “construir um arsenal de armas informacionais que ele pudesse usar contra a população norte-americana”, cita a CNN. Questionado pelo senador democrata Chris Coons sobre se o objetivo do ex-conselheiro político era  “suprimir votos ou desencorajar certos indivíduos nos Estados Unidos de votarem”, o programador respondeu que “sim”, sem, porém, apresentar provas de que tal tivesse acontecido. Segundo Wylie, Bannon pensa na “guerra cultural como uma forma de criar mudanças duradouras na política norte-americana”.

À CNN, o ex-trabalhador da Cambridge Analytica garantiu que nunca participou em tais operações, que teriam a população afro-americana — que tende a votar no Partido Democrata de Hilary Clinton — como alvo principal. De acordo com Wylie, a empresa procurava “desencorajar ou demobilizar certos tipos de pessoas de votarem”, seguindo as indicações das campanhas e comités políticos que contratavam esses serviços.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR