O Presidente da República relativizou esta terça-feira a subida da dívida pública para um máximo histórico, divulgada na segunda-feira pelo Banco de Portugal, defendendo que é conjuntural e manifestando-se confiante de que irá descer daqui a uns meses.

Quando for a altura do reembolso, daqui por uns meses, desce o montante da dívida. Perguntar-se-á: mas porque é que não se espera por essa altura para ir contrair dívida para reciclar e substituir a anterior? Porque se pensa que, neste momento, é preferível ir ao mercado a esperar por outros momentos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no final de uma festa da Casa Pia de Lisboa, no Jardim Vasco da Gama, em Belém, à qual chegou atrasado por ter estado reunido com o presidente ‘pro tempore’ do Senado dos Estados Unidos da América, Orrin Hatch.

Novo máximo histórico na dívida pública: 250.313 milhões de euros

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Interrogado, depois, sobre as greves dos professores e o seu impacto nas avaliações dos alunos, o Presidente da República não quis comentar o assunto, mas disse: “Aquilo que espero é que as famílias possam partir para férias sabendo quais são os planos para o próximo ano letivo, quer no acesso ao ensino superior, quer na vida do dia a dia”.

Questionado sobre a subida da dívida pública para um novo máximo de 250,3 mil milhões de euros em termos brutos divulgada na segunda-feira pelo Banco de Portugal, o Presidente da República começou por referir que “há uma época do ano em que, nem é o Governo, é a entidade que emite dívida pública entende que se deve ir ao mercado”.

Isso acontece “ou porque as condições são muito boas — e de facto os números de hoje são simpáticos — ou porque teme que as condições piorem”, prosseguiu.

“E mais vale prevenir do que remediar”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, concluindo que “isso faz com que, num período de tempo, umas semanas ou uns meses, o volume de dívida suba, porque o pagamento, o reembolso que temos de fazer era mais para diante”.