Pelo menos 30 pessoas morreram e 30 ficaram feridas esta manhã num ataque suicida, reivindicado pelo Estado Islâmico, perto de uma assembleia de voto na cidade paquistanesa de Quetta, em dia de eleições legislativas.

O bombista suicida “tentou entrar na assembleia de voto e, quando a polícia o tentou deter, ele fez-se explodir”, afirmou Hashim Ghilzai, responsável do governo local à agência de notícias francesa AFP.

O balanço oficial, inicialmente estimado em 28 mortos e 35 feridos, ascendeu a 30 vítimas mortais, incluindo três polícias e quatro crianças, depois da morte de duas pessoas que não resistiram aos ferimentos no hospital, segundo Wasim Baig, porta-voz do hospital provincial de Sandeman em Quetta. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico, através da sua agência de propaganda, Amaq.

Cerca de 105 milhões de eleitores estão esta quarta-feira convocados para eleições legislativas no Paquistão, após uma campanha eleitoral que decorreu num clima de instabilidade política e económica, crescentes conflitos religiosos e a ameaça do terrorismo.

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Estas eleições são as segundas na história do país em que o Governo conclui um mandato completo e transmite o poder a um novo executivo, após ter sido governado por ditaduras militares em metade dos seus 71 anos de história, desde a sua fundação em 1947.

As eleições põem frente a frente Shahbaz Sharif, líder da Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), partido vencedor das últimas eleições, e o ex-jogador de críquete Imran Khan, do Tehreek-i-Insaf (PTI), candidato pela segunda vez desde 2013.

Shahbaz Sharif é irmão de Nawaz Sharif, primeiro-ministro do Paquistão por três vezes, sem nunca ter cumprido um mandato completo (de 1990 a 1993, 1997 a 1999 e 2013 a 2017). Bilawal Bhutto, na frente do Partido Popular do Paquistão (PPP) assume-se como um terceiro ator e com um papel determinante na possível formação de um governo de coligação.