O reforço de “um relacionamento muito positivo” entre França e Cuba dominou a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian a Cuba, que termina hoje.

“Estamos num relacionamento muito positivo, dinâmico e a minha visita visa aprofundar e reforçar esta dinâmica”, declarou Le Drian ao homólogo cubano, Bruno Rodriguez, num encontro no sábado, no Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano, em Havana.

O responsável francês esteve ainda reunido com o novo chefe de Estado cubano, Miguel Diaz-Canel, num encontro que decorreu “num ambiente cordial”, de acordo com um comunicado lido na televisão estatal.

As duas partes sublinharam o bom estado do relacionamento e expressaram vontade de prosseguir um diálogo político de alto nível”, indicou.

O desenvolvimento das relações económicas e comerciais entre os dois países “é favorável”, disseram os dois políticos, que reconheceram também “o papel crescente das empresas francesas” na economia local, principalmente nos setores da energia, dos transportes e da construção.

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Cerca de 30 empresas francesas estão implantadas em Cuba.

Esta visita a ilha das Caraíbas é a primeira de um representante do Governo francês desde a eleição de Emmanuel Macron para a presidência em maio de 2017.

O chefe da diplomacia francesa é também o primeiro dos ministros dos Negócios Estrangeiros europeus a deslocar-se a Havana, desde que Miguel Diaz-Canel assumiu a chefia do Estado, em abril passado.

Antes do encontro com o Presidente de Cuba, Le Drian sublinhou, junto do homólogo cubano, que a visita ao país era feita “na continuidade” das deslocações efetuadas pelos antigos chefes de Estado francês e cubano, respetivamente, François Hollande à ilha, em maio de 2015, e Raul Castro a França, em fevereiro de 2016.

Bruno Rodriguez afirmou que Cuba aprecia e reconhece a liderança de Paris nas relações entre a ilha e a UE, no domínio multilateral e “em particular na luta contra as alterações climáticas”.

“Reconhecemos a posição francesa sobre o bloqueio que entrava os laços económicos entre a Europa e o nosso país”, acrescentou, numa referência ao embargo dos Estados Unidos sobre Cuba, em vigor desde 1962.

Antes do final da viagem à América Latina, que começou na Colômbia, Le Drian tem previsto um encontro com o ministro do Comércio Exterior e do Investimento Estrangeiro cubano, Rodrigo Malmierca, e uma visita ao centro histórico de Havana.