Os grandes incêndios na Grécia de julho provocaram 88 mortos, indica o último balanço divulgado esta sexta-feira pelo Ministério da Saúde após a morte de uma mulher que perdeu o seu bebé na tragédia e se encontrava hospitalizada.

A mulher, com 35 anos, não resistiu às graves queimaduras, acrescentou o ministério. Era casada com um bombeiro que tinha sido mobilizado em 23 de julho para combater as chamas.

A sua morte faz com que sejam 88 o número de mortes provadas pelos incêndios que assolaram zonas balneares dos arredores de Atenas, na base de um novo balanço divulgado pela polícia na quinta-feira, e que revê em baixa o número de mais de 90 mortos anunciado pelas autoridades no final de julho. Uma pessoa ainda está desaparecida. Outras 40 pessoas permanecem hospitalizadas, incluindo uma criança. Nove pessoas são consideradas em estado crítico.

A oposição acusou o Governo de ter fracassado na concretização de um sistema adequado de alerta e evacuação numa zona regularmente atingida por fogos florestais, e de ter tentado ocultar a amplitude do balanço em vidas humanas durante a catástrofe. O Governo respondeu ao evocar a dificuldade de organizar rapidamente uma retirada eficaz devido às rajadas de vento que atingiram os 120 quilómetros por hora.

Os familiares de duas pessoas mortas nos incêndios apresentaram uma queixa contra as autoridades por negligência e colocação em risco da vida de outro.

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