Jorge Jesus falou acerca da sua saída do Sporting e da sua ida para a Arábia Saudita, numa entrevista à Sport Tv esta sexta-feira. O experiente treinador reconhece ainda que ir para o clube saudita não fazia parte dos seus planos mas o Al-Hilal “foi o primeiro clube que apareceu”.

Não queria ficar no Sporting em face ao que aconteceu. Abdiquei de tudo, não trouxe nem um centavo, desde que me deixassem sair para onde quisesse. Não sabia o que queria, mas sabia que não queria ficar. Não podia ter ficado, sendo como sou.”

Os tempos complicados que se seguiram ao dia em que um grupo de cerca de 50 adeptos encapuçados entrou na academia de Alcochete e agrediu alguns jogadores do plantel principal do Sporting não foi esquecido. “A última semana, os últimos 15 dias foram muito complicados. Aquela invasão à academia foi um ambiente de terror. Muito complicado. Para mim também foi mas não senti tanto como eles. Aquilo a mim não me meteu medo nenhum. Mas que deixou marcas deixou”, recordou o técnico.

Recordou ainda o comunicado que os jogadores publicaram na sequência dos comentários do então presidente Bruno de Carvalho sobre o jogo contra o Atlético de Madrid. “Numa reunião que tive com os jogadores, em que eles decidiram pôr o comunicado, eu disse-lhes: ‘ok estou com vocês, mas isto vai sobrar para mim’.”

Tomei a atitude que tomei para defender o Sporting. Defendi o Sporting com toda a minha sabedoria e sabendo o que era o amanhã e que o amanhã ia sobrar para mim. A maior parte dos jogadores regressaram e se eu quisesse também podia. Mas depois dessa decisão tomada não poderia regressar”, concluiu Jorge Jesus.

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