A PSP está atenta às ameaças de morte proferidas pela família da criança de ano e meio agredida com violência, em Vila Franca de Xira, no domingo, mas não vai promover segurança pessoal ao arguido suspeito das agressões e libertado na tarde desta terça-feira.

Segundo fonte da PSP, apesar de os familiares da vítima garantirem que vão “matar” o agressor e de haver já um movimento na internet, que até a morada do agressor disponibilizou, não existe, “para já, um grau de ameaça” que leve a polícia a tomar medidas adicionais na segurança do suspeito. Aliás, adiantou a mesma fonte ao Observador, as equipas do Corpo de Segurança Pessoal só são ativadas por determinação do Ministério Público ou do juiz. E nenhum deles definiu que o agora arguido e principal suspeito do crime corresse risco de vida e fosse necessário preservar a sua integridade física.

Recorde-se que um dos arguidos do processo Casa Pia, Bibi, teve segurança pessoal da PSP. Mas, neste caso, como explicou a mesma fonte, essa segurança revelou-se necessária porque, além de arguido, ele era também uma testemunha fundamental no processo. “É comum haver segurança pessoal nestes casos, quando as testemunhas são fundamentais na investigação e no decurso do processo”, adiantou a mesma fonte.

Ficou em liberdade o homem que agrediu o filho de um ano e meio da namorada

O suspeito agora detido e constituído arguido tem 32 anos e terá agredido o filho da namorada, uma criança de ano e meio. O crime terá ocorrido no domingo, mas o alegado agressor justificou os hematomas visíveis na cara da vítima com uma queda. Só quando a companheira chegou a casa percebeu que a criança necessitava de assistência hospitalar. Já no Hospital de Vila Franca de Xira, o pessoal médico percebeu que as lesões não se coadunavam com uma queda, mas com uma agressão. Os profissionais de saúde alertaram de imediato o Ministério Público. Quando soube do caso, o pai da criança terá agredido o suspeito — que se deslocou à polícia para apresentar queixa. Acabou detido horas depois, na madrugada de terça-feira.

Como não foi detido em flagrante, o namorado da mãe da vítima acabou por ser libertado. Na página da rede social Facebook há já vários utilizadores a insultarem-no e a ameaçarem-no de morte. E há, até, grupos que já divulgaram a sua morada. À porta do tribunal, a família da criança agredida disse mesmo que ele dificilmente escaparia com vida. Ainda assim, aos olhos da PSP, estas ameaças foram proferidas a “quente”. A Polícia está, por isso, atenta, mas sem tomar medidas adicionais.

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