O presidente executivo do Santander Totta, António Vieira Monteiro, esclareceu esta quarta-feira que as alterações previstas para 2019 de subidas nas comissões de manutenção terá impacto em apenas 50.000 contas, o que representa 2,5% do total do banco.
O responsável falava em conferência de imprensa de apresentação dos resultados do banco até setembro, onde aproveitou para esclarecer a notícia avançada na edição desta quarta-feira do Jornal de Negócios com o título “Santander agrava custos de cartões e dificulta isenções” e que tem em conta as alterações ao precário para 2019 publicadas no site.
“O alinhamento tem em consideração práticas recentes de bancos concorrentes, sendo muito menos restritiva comparativamente com a aplicação de dois dos principais bancos portugueses em que genericamente todos os clientes pagam comissões de manutenção, caso não contratem contas pacote”, disse Vieira Monteiro.
Segundo o responsável, o objetivo do banco com estas alterações é redirecionar os clientes para outros produtos do banco, lembrando que os clientes que não queiram pagar comissões de manutenção poderão subscrever a conta “SIM”, com um custo de dois euros na versão ordenado e três euros na não ordenado.
O Santander Totta anunciou esta quarta-feira que o seu lucro subiu 16% nos primeiros nove meses deste ano, face ao período homólogo, para 384,9 milhões de euros.
A evolução anual da conta de resultados e do balanço reflete o impacto da integração do ex-Banco Popular Portugal concluído em 14 de outubro.
Este processo, que se tinha iniciado em janeiro com o ‘rebranding’ de todas as agências e a incorporação de todos os empregados na estrutura do banco, foi concluído no dia 14 de outubro com a integração tecnológica e operacional.
“O excelente trabalho das equipas do banco permitiu que tal tenha sido no curto espaço de apenas 10 meses, estando o Santander já capacitado para servir todos os seus clientes de forma homogénea, independentemente do seu banco de origem”, sinalizou o presidente executivo do banco.