Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Sociedade / Igreja Católica Seguir Ana Maria Jorge é a nova diretora da faculdade que forma os padres católicos. É a primeira mulher no cargo Pela primeira vez, uma mulher (e não um padre ou bispo) é diretora da Faculdade de Teologia. Ana Maria Jorge assume o cargo numa altura em que o Papa defende maior importância das mulheres na Igreja. João Francisco Gomes Texto 17 Nov 2018, 18:02 780 i Paulo Spranger Paulo Spranger A nomeação surpresa do padre (agora arcebispo) José Tolentino Mendonça para dirigir o arquivo secreto do Vaticano deixou um importante lugar vago em Lisboa: a direção da Faculdade de Teologia da Universidade Católica. Para lhe suceder, o Vaticano confirmou esta semana a nomeação de Ana Maria Jorge, a primeira mulher a dirigir a faculdade.Segundo explica a Rádio Renascença, pela primeira vez, não será um padre ou bispo a liderar a instituição responsável por formar a maioria dos padres católicos portugueses. Ana Maria Jorge, que era vice-diretora da faculdade, já estava a assegurar, de forma interina, a direção da instituição após a saída de Tolentino Mendonça para Roma.A nova diretora da Faculdade de Teologia é licenciada em História pela Faculdade de Letras de Lisboa e doutorada em Ciências Históricas pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Católica de Lovaina.A sua principal área de investigação é a História da Igreja e História do Cristianismo.A nomeação da primeira mulher para dirigir a faculdade que forma os padres católicos em Portugal surge numa altura em que a discussão sobre o papel da mulher nas instituições da Igreja vai subindo de tom. Este sábado, o Papa Francisco entregou o prémio Joseph Ratzinger à teóloga francesa Anne-Marie Pelletier e defendeu que é preciso ter mais mulheres “nos diferentes campos de responsabilidade da vida da Igreja”.É preciso “reconhecer cada vez mais a contribuição das mulheres no campo da investigação teológica científica e do ensino da teologia, consideradas durante muito tempo territórios quase exclusivos do clero”, defendeu o Papa.