O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, exigiu este sábado a extradição para a Turquia dos suspeitos sauditas do assassínio de Jamal Khashoggi, um jornalista saudita crítico do regime de Riad, perpetrado a 02 de outubro em Istambul.

Segundo Erdogan, que falava na cimeira do G20, em Buenos Aires, só o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, é que abordou a questão durante a reunião de líderes dos 20 países mais industrializados do mundo, e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, deu “uma explicação em que dificilmente se acredita” sobre o papel da Arábia Saudita nesse caso.

Apesar de o Presidente turco nunca ter abertamente acusado o príncipe Salman, ele tem afirmado que a ordem de matar o jornalista emanou das “mais altas esferas”, embora descartando qualquer responsabilidade do rei Salman.

Mohammed bin Salman, suspeito de ser o mandante do assassínio de Jamal Khashoggi, era um dos protagonistas mais aguardados no encontro de sexta-feira e hoje, em Buenos Aires, dos chefes de Estado e de Governo das 20 maiores economias do mundo.

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O homicídio de Khashogi desencadeou uma onda de choque mundial e manchou consideravelmente a imagem da Arábia Saudita.

Até agora, o procurador-geral saudita acusou formalmente 11 pessoas — de um total de 21 suspeitos — e pediu a pena de morte para cinco delas, mas ilibou totalmente o príncipe herdeiro.

Vários países, entre os quais o Canadá, os Estados Unidos, a França e a Alemanha, adotaram sanções financeiras contra sauditas “suspeitos de serem responsáveis ou cúmplices” neste caso.