O caso remonta ao passado sábado, depois de um jogo entre as equipas de juniores do Operário de Antime, de Fafe, e o Santa Maria, de Barcelos, ambas equipas da divisão de honra de juniores A da associação de futebol de Braga. De acordo com relatos ouvidos pelo Jornal de Notícias, o jogo acabou empatado devido a um suposto penálti que não foi assinalado e foi isso que levou alguns jogadores e respetivos pais a irem atrás da equipa de arbitragem.

A violência terá começado mesmo durante o jogo, quando um dos assistentes da equipa de arbitragem foi cuspido várias vezes por adeptos da equipa da casa, o Operário de Antime. Depois do jogo, a equipa de arbitragem encabeçada por Lucas Martins, de 21 anos, saiu do campo em direção a Fafe onde estavam estacionados os carros dos restantes elementos da equipa de arbitragem. Ao chegarem, o carro onde seguiam foi barrado por dois outros, um à frente e outro atrás.

Segundo o JN, desses dois carros saíram cerca de 10 pessoas com ligações ao clube de futebol, que começaram a ameaçar os árbitros, tentando abrir as portas do carro. Sem sucesso, pontapearam o carro. O caso ficou por ali, naquele dia. No dia seguinte, contudo, o mesmo árbitro, Lucas Martins, estava a arbitrar um outro jogo do campeonato distrital quando o pai de um dos jogadores do Antime foi a casa de Lucas Martins. O objetivo era exigir-lhe que retirasse a queixa que tinha apresentado no dia seguinte — e foi esse o recado que deixou ao pai do jovem árbitro, já que ele não se encontrava em casa.

Pelo meio, deixou várias ameaças: já que os jogadores são jovens, podia “haver o azar de um atropelamento” ou de “aparecer com as pernas partidas”. É, segundo aquele jornal, pelo menos o 12º caso conhecido de violência no futebol e futsal nas camadas jovens de clubes distritais.