O Tribunal de Relação de Lisboa (TRL) ordenou a libertação de Luís Vieira, ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), por entender que não há pistas suficientemente sólidas para provar que o coronel esteve envolvido na recuperação do material de guerra roubado em Tancos, está a noticiar o Diário de Notícias. O coronel Luís Vieira tinha ficado em prisão preventiva em setembro de 2018 por suspeitas de que tinha forjado a recuperação desse material juntamente com os assaltantes. Mas agora vai ser libertado, apenas sujeito ao termo de identidade e residência.

Segundo o tribunal, mais importante do que entender os contornos da recuperação do material de Tancos é saber quem foram os autores dos assaltos. Segundo escreve o Diário de Notícias, a Relação considerou que o processo está a centralizar-se na disputa entre a Polícia Judicária (PJ) e a PJM e fala de ânsia desta última em querer encontrar o material mais cedo do que a PJ.

Ainda assim, Luís Vieira negou ter conhecimento de qualquer plano engendrado entre os militares e os ladrões para recuperar as armas. E o de instrução criminal, João Bártolo, acredita que o coronel está a dizer a verdade. No entanto, outros arguidos da operação “Húbris” grantiram ao Ministério Público (MP) e ao juiz de instrução criminal que o ex-diretor da PJM sabia de todo o plano delineado para recuperar as armas, recorda o Diário de Notícias.

Agora, o coronel Luís Vieira, à conta do termo de identidade e residência, fica obrigado a apresentar-se todas as semanas no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, está proibido de contactar com os outros arguidos e não pode assumir cargos no Estado.

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