Depois de uma segunda ronda de votos indicativos que resultou sem um consenso sobre nenhuma das quatro opções apresentadas para o Brexit, a possibilidade de antecipar as eleições volta a estar em cima da mesa no Reino Unido. O governo britânico reúne-se nesta terça-feira para avaliar o caminho a seguir. De acordo com o jornal The Guardian, o cenário de eleições antecipadas está a ser “testado” por Theresa May — embora seja visto por alguns como “a pior opção”.

A estratégia da primeira-ministra britânica será, segundo o jornal The Telegraph, usar o resultado da segunda ronda de votos indicativos para tentar convencer os ministros de que o seu acordo é a única maneira de evitar um resultado pior, como eleições antecipadas, ameaça que poderá estar a ser usada por May. Um ministro disse ao jornal The Independent que “ninguém quer eleições, na verdade”. “Ninguém”, reforçou.

O responsável pelo ministério do Brexit lembrou esta segunda-feira que o impasse continua e que o chumbo na passada sexta-feira do Acordo de Saída negociado pelo governo “significa que a posição legal por defeito é que o Reino Unido deixa a UE dentro de apenas 11 dias”.

Para garantir outro prolongamento, o governo terá de apresentar uma proposta credível à UE sobre o que faremos nesse tempo adicional”, acrescentou.

Tendo em conta que os deputados rejeitaram sair sem acordo, Barclay considera que “a única opção é encontrar um caminho em frente que permita ao Reino Unido sair com um acordo”. “Se a Câmara aprovasse um acordo até ao final da semana, talvez fosse possível evitar realizar eleições para o Parlamento Europeu”, vincou.

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O governo reúne-se semanalmente em conselho de ministros à terça-feira, mas desta vez a reunião vai prolongar-se por várias horas para tentar resolver a crise.

A “verdade nua e crua” é que o Parlamento britânico continua sem se entender