Em 2018, os presidentes executivos de 12 empresas portuguesas cotadas no PSI20 ganharam, em média, 1,1 milhões de euros — 52 vezes mais do que aqueles que empregam. Os cálculos são do JN e do Dinheiro Vivo e baseiam-se nos relatórios anuais das empresas. Os valores são brutos e, para além dos salários, incluem também os prémios de desempenho e as contribuições para planos de pensões. Os patrões da Bolsa portuguesa ganharam menos 100 mil euros, face a 2017, mas os valores estão bem acima dos de 2014, quando auferiam cerca de 700 mil euros, em média — 33 vezes mais do que os trabalhadores.

Se os patrões passaram a ganhar mais desde 2014, os trabalhadores não veem aumentos significativos desde esse ano. Em 2018, as empresas gastaram 21,1 mil euros com cada funcionário, em média, menos 600 mil do que em 2017.

A Jerónimo Martins continua a empresa mais desigual com Pedro Soares dos Santos — líder da dona do Pingo Doce — a ganhar 1,9 milhões de euros por ano, 140 vezes mais do que os trabalhadores. Soares dos Santos é o segundo presidente executivo mais bem pago da Bolsa portuguesa, já que o título pertence a António Mexia da EDP, com ganhos anuais de 2,2 milhões de euros no ano passado, 39 vezes mais do que os trabalhadores.

Na lista, destacam-se ainda os seis presidentes executivos que ganham mais de um milhão de euros anuais. Para além de Pedro Soares dos Santos e António Mexia, também Carlos Gomes da Silva e João Castello Branco (Galp e Semapa), Diogo Silveira (Navigator) e João Manso Neto (EDP Renováveis) amealharam mais de um milão de euros em 2018.

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