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Explosão no centro de Lyon faz 13 feridos. Polícia divulga foto do suspeito

Este artigo tem mais de 4 anos

A polícia divulgou a fotografia do suspeito e uma descrição do que levava vestido. Foi encontrado ADN, mas não foi possível identificar o homem de cerca de 30 anos. Macron fala em possível "ataque".

2 fotos

Uma explosão numa rua de Lyon, em França, fez esta sexta-feira pelo menos treze feridos, onze dos quais tiveram de ser hospitalizados, com ferimentos sem gravidade, de acordo com o Le Figaro. Entre esse feridos está uma criança de dez anos, que, no entanto, não é um dos feridos graves. O suspeito encontra-se em fuga, mas a polícia divulgou as imagens de vigilância e pediu ajuda na identificação do suspeito.

Foi encontrado ADN no saco que levava a bomba, mas ainda não foi possível identificar a quem pertence. Segundo o Le Figaro, é possível que não corresponda ao ADN do suspeito. Mais relevante será o facto de terem sido encontrados vestígios de TATP, um explosivo artesanal instável  que já tinha sido usado em ataques terroristas de Paris, a 13 de novembro de 2015, e de Bruxelas, em março de 2016.

https://twitter.com/PoliceNationale/status/1132330878208757766

A explosão ocorreu cerca das 17h30 locais (16h30 em Lisboa) na esquina entre a Rue Victor-Hugo e a Rua Sala, perto de uma pastelaria chamada Golden Brioche Dorée. O quarteirão esteve encerrado, tal como a estação do metro, e foram acionadas para o local brigadas de anti-terrorismo. O procurador dessa brigada ordenou, entretanto, a abertura de um inquérito.

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O presidente francês Emmanuel Macron fala em “ataque” e as autoridades estão a analisar a possibilidade de se tratar de um pacote-bomba. A investigação judicial, aberta inicialmente por tentativa de homicídio, foi transferida para o Ministério Público de Paris, que centraliza os casos de terrorismo em França. A ministra da Justiça francesa disse já na noite desta sexta-feira que é “ainda cedo para qualificar o caso como um ato de terrorismo”.

O Ministério Público já mobilizou 90 investigadores e 30 membros da polícia científica para ajudar a encontrar o suspeito do atentado, segundo confirmou o procurador de Paris, Rémy Heitz, citado pelo Le Monde. A equipa investiga agora “dezenas de provas” resultantes da explosão, “que estão a ser verificadas”, reforçou Heitz. Ainda “não foi feita ainda qualquer reivindicação” do ataque, relembrou o procurador.

A polícia francesa divulgou no Twitter uma imagem do suspeito. “Graças às câmaras de vigilância, temos imagens do itinerário do suspeito”, disse ao canal de notícias francês BFMTV Denis Broliquier, da Câmara de Lyon. A polícia lançou ainda um apelo para que qualquer testemunha ou pessoa que tinha informações que possam ajudar a localizar o suspeito contacte as autoridades. O procurador de Paris anunciou entretanto que serão divulgadas em breve mais fotografias do suspeito.

https://twitter.com/PoliceNationale/status/1132023823589564416

Segundo o Le Figaro, a polícia está a seguir o rasto deixado por um homem que terá largado o dispositivo enquanto andava de bicicleta perto do local. Fontes policiais disseram ao Le Figaro que o suspeito tinha a cara escondida para não ser possível a sua identificação.

“É um homem na casa dos 30 anos, que tinha a cara tapada e trazia uma mala, por volta das 17hoo na Rue Victor-Hugo”, descreveu Aurélie Bonnet Saint-Georges, da Câmara Municipal de Lyon. A deputada adianta ainda que as autoridades estão a analisar neste momento as imagens das câmaras de vigilância do local. A polícia vai ainda obter as imagens de hotéis que ficam na rua.

“De acordo com as primeiras imagens, o autor usa umas bermudas verdes claras, uma camisa verde escura com as mangas arregaçadas até ao cotovelos, sapatos pretos e levava uma mochila preta. O rosto estava escondido por um boné caqui e com óculos de sol”, disse Remi Heitz, promotor de Paris, citado pela France 24.

A bomba revela um “trabalho experiente” mas “com pouca carga explosiva”, adiantou um membro da Câmara de Lyon à BFMTV. O engenho explosivo terá sido detonado à distância com recurso a um telemóvel.

“Esta noite, penso nos feridos da explosão de Lyon, nos seus familiares afetados pela violência na rua, e em toda a cidade de Lyon. Estamos ao vosso lado”, escreveu o Presidente francês, Emmanuel Macron, no Twitter.

À hora da explosão, Emmanuel Macron dava uma entrevista sobre a eleições europeias. Durante a entrevista, diz o Le Figaro, o presidente francês disse que não lhe cabia a ele fazer balanços e que “não houve mortos, apenas feridos”. Macron admitiu mesmo a possibilidade de se tratar de “um ataque”. Fonte policial disse à agência France-Presse que se tratou de um pacote-bomba que continha “pregos”. A bomba terá sido colocada em frente da pastelaria, perto da praça Bellecour, no coração da cidade e teria como objetivo causar bastantes feridos.

Cheguei com alguns minutos de atraso, porque houve um ataque em Lyon. Penso que toda a gente já sabe. Não me cabe a mim dizer o que se passou, mas nesta altura posso adiantar que não houve mortos, apenas feridos. Deixo aqui a minha solidariedade para com eles e para com as suas famílias”, disse Macron.

Marcelo Rebelo de Sousa também já reagiu à explosão. O Presidente da República reiterou a solidariedade de Portugal com a França, perante “mais um ataque aos valores que unem os dois países”, numa mensagem ao homólogo francês. Na mensagem divulgada no portal da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa expressa “a sua consternação” pelo sucedido e deseja “as rápidas melhoras a todos os feridos”.

Na sequência da explosão, Édouard Philippe, primeiro-ministro francês, cancelou a sua participação numa reunião sobre as eleições europeias.

Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa União Nacional, fala em ataque terrorista. “Dou todo o meu apoio aos feridos da explosão. Temos de esclarecer as circunstâncias deste ataque terrorista”, escreveu no Twitter.

https://twitter.com/Vil1_PetitLaP1/status/1131946995839643649

Uma testemunha, Sylvie, que vive perto do local onde ocorreu a explosão descreveu ao Le Figaro o momento. “Não vimos nada porque vivemos numa rua lateral, mas ouvimos um grande estrondo. Primeiro, pensámos que vinha do edifício ao lado, mas depois ouvimos sirenes e o meu marido foi à rua. A polícia disse-lhe que era uma bomba”, relatou.

O ministro do Interior francês, que já chegou ao local, informou no Twitter que a vigilância de locais que acolham eventos públicos, desportivos, culturais e religiosos vai ser reforçada.

A comunidade local uniu-se e quer mostrar que os ataques não vão reprimir a população. “Não nos assustamos com tanta facilidade. Está a decorrer uma festa de bairro a dois minutos da Victor-Hugo (rua onde ocorreu a explosão). Habitantes de Lyon são bem-vindos”, escreveu no Twitter uma cidadã que vive na cidade francesa.

https://twitter.com/ELLEphonine/status/1131993484104282113

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